O que as democracias do Ocidente escondem nos paraísos fiscais – Eduardo Febbro – abril – 2013, 3p.
16 de abril de 2013 at 13:09 lenitaveronica Deixe um comentário
A crise financeira mundial está permitindo que apareçam as dimensões reais do caos financeiro instalado. Desde a liquidação, por Reagan e Thatcher, das leis que regulavam o sistema, gerou-se um sistema desgovernado. A conectividade planetária que as TICs permitem, por outro lado, permitiu a expansão de um espaço planetário de volatilidade do dinheiro, e na ausência de um banco central mundial, os bancos centrais dispersos em 194 países ficam simplesmente impotentes. Não à toa, a publicação Finance&Development do FMI colocou na capa a manchete “Who’s in charge?”. O lado positivo é que se abriu o espaço para revelar o sistema. Há uma convergência rigorosa entre a pesquisa do ETH da Suiça, que mostra que 147 grupos controlam 40% do sistema corporativo mundial, três quartos deles grupos de intermediação financeira. A pesquisa da Tax Justice Network, por outro lado, mostrou que o dinheiro em paraísos fiscais (evasão fiscal, drogas, armas, corrupção) ultrapassa 20 trilhões de dólares (cerca de um terço do PIB mundial, valor assumido pelo Economist de16 feb 2013 como mais provável). Os dados levantados pelo ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists), dão pela primeira vez listas de empresas e fortunas familiares em paraísos fiscais, na linha do Offshore Leaks. Já não há mais dúvidas sobre a dimensão da ilegalidade generalizada e planetária que se instalou no sistema financeiro. O artigo abaixo apresenta dados do Offshore Leaks. Para a pesquisa do ETH e da Tax Justice Network veja notas no http://dowbor.org. (L. Dowbor)
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